Confiança no consórcio se mantém forte mesmo em cenários econômicos desafiadores

Em tempos de incertezas econômicas, poucas ferramentas financeiras conseguem atravessar décadas mantendo a confiança de milhões de brasileiros. 

Uma delas é o consórcio, que há mais de 60 anos se posiciona como alternativa sólida para aquisição de bens e serviços, independente das turbulências do cenário econômico.

Enquanto o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pelo Instituto Ipsos, caiu para 48,6 pontos em julho de 2025, sinal claro de pessimismo diante de juros altos e inflação persistente, o Sistema de Consórcios segue em crescimento. 

Esse contraste revela algo poderoso: a credibilidade do consórcio não se abala com as conjunturas.

1. Entendendo o cenário econômico atual

O Brasil de 2025 vive uma combinação de fatores que afetam diretamente o humor do consumidor:

• Inflação acima da meta do Banco Central;

• Taxas de juros elevadas para conter pressões inflacionárias;

• Redução no consumo imediato de bens duráveis;

• Maior seletividade dos brasileiros na hora de investir ou financiar sonhos.

Nesse contexto, o consórcio aparece como refúgio estratégico. Diferente de financiamentos que encarecem com juros altos, o consórcio se baseia em planejamento, disciplina e educação financeira.

2. Por que a confiança no consórcio se mantém?

Segundo Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC, o consórcio sobreviveu a diferentes crises, como a hiperinflação dos anos 80, Plano Collor, crises internacionais e pandemia de 2020, sempre com resiliência surpreendente.

Isso acontece por alguns motivos centrais:

• Ausência de juros: os custos do consórcio se restringem à taxa de administração.

• Planejamento financeiro: o consorciado aprende a esperar, o que reduz a inadimplência.

• Sonho preservado: mesmo em crise, o brasileiro não abre mão de conquistar casa, carro, moto ou serviços.

• Confiança institucional: o modelo é regulamentado pelo Banco Central, garantindo transparência e segurança.

3. Lições da pandemia de 2020: quando o consórcio cresceu no caos

Durante a pandemia, especialmente após a queda brusca de vendas em março e abril de 2020, o mercado esperava retração prolongada. Porém, de agosto em diante, as cotas vendidas dispararam, ultrapassando até os níveis pré-pandemia.

O curioso é que a Selic estava em 1,90%, patamar historicamente baixo. A tese de que juros baixos derrubam a atratividade do consórcio caiu por terra: os brasileiros seguiram apostando na modalidade.

O aprendizado foi claro: consórcio não depende de conjuntura, depende de confiança.

4. Recordes recentes: crescimento contínuo desde 2022

Entre janeiro de 2022 e julho de 2025, praticamente todos os meses registraram quebra de recordes em adesões. Apenas em abril de 2023 fugiu à regra.

Além disso:

• O Índice de Confiança do Setor de Consórcios (ICSC) nunca caiu abaixo de 60 pontos, sempre no campo positivo.

• O número de participantes ativos bate recordes sucessivos, consolidando o consórcio como ferramenta de massa.

Isso mostra que, enquanto outros setores sofrem retrações cíclicas, o consórcio segue em expansão.

5. O perfil do novo consorciado brasileiro

Nos últimos anos, o perfil do consorciado mudou:

• Mais jovens aderem ao sistema, principalmente para planejar aquisição de imóveis.

• Empreendedores usam consórcios para ampliar frotas ou investir em equipamentos.

• Famílias de classe média enxergam o consórcio como alternativa ao crédito caro.

Essa diversificação amplia a solidez do sistema.

6. Educação financeira: um dos pilares da confiança

O consórcio não é apenas uma ferramenta de compra, mas também de educação financeira aplicada. Ele ensina:

• A importância da disciplina mensal;

• O valor de planejar antes de consumir;

• A diferença entre endividamento e investimento planejado.

Essa característica fortalece a percepção de confiança, porque conecta o consórcio a uma escolha consciente e inteligente, não a um impulso.

7. O impacto macroeconômico do consórcio

Além de realizar os sonhos individuais, o consórcio tem impacto direto na economia:

• Movimenta bilhões de reais anualmente;

• Gera arrecadação e empregos indiretos (construtoras, concessionárias, prestadores de serviços);

• Ajuda a equilibrar a demanda em momentos de retração.

Ou seja, o consórcio não só resiste à crise, como contribui para a retomada.

8. Consórcio x Financiamento: comparação em cenários de crise

Enquanto o financiamento sofre com a alta de juros, encarecendo parcelas e afastando consumidores, o consórcio mantém sua previsibilidade.

Exemplo prático:

O financiamento de R$100 mil a 12% ao ano gera parcelas muito maiores que a realidade de muitas famílias.

No consórcio, o mesmo valor é dividido em parcelas acessíveis, sem juros, apenas com taxa de administração.

Essa diferença reforça a confiança na modalidade.

9. Estudos e estatísticas que comprovam a força do consórcio

Segundo dados recentes da ABAC:

• O Sistema de Consórcios ultrapassa 9 milhões de participantes ativos;

• O crescimento médio anual do setor é superior ao PIB;

• A adesão ao consórcio se mantém estável ou crescente mesmo em anos de recessão.

Esses números explicam porque a palavra-chave é confiança.

10. O futuro do consórcio em meio a incertezas

Para especialistas, o consórcio continuará crescendo nos próximos anos, por três razões principais:

• O brasileiro valoriza a segurança.

• Há uma tendência de consumo consciente.

• A digitalização dos consórcios facilita a adesão, gestão e transparência.

Com mais tecnologia, mais acessibilidade e histórico de credibilidade, o sistema seguirá sendo um porto seguro em mares turbulentos.

Consórcio, um símbolo de confiança em qualquer tempo

Seja em plena expansão econômica ou diante de recessões, a história mostra: a confiança no consórcio ultrapassa conjunturas.

Mais do que um produto financeiro, o consórcio é símbolo de resiliência brasileira, mantendo vivo o sonho de milhões, mesmo quando os ventos da economia sopram contra.

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